Na passada segunda-feira, 13 de fevereiro, perdeu-se um dos maiores nomes da fotografia de moda da segunda metade do século XX: Lillian Bassman. A fotógrafa e artista-plástica americana morreu aos 94 anos de causas naturais.
Anterior aos movimentos feministas e à era das top models, Lillian Bassman deixou as suas marcas mais fortes na fotografia nas décadas de 1940 e 1950. As imagens de contrastes fortes, com efeitos de aclaramento e desfocagem, conseguidos através da manipulação química do negativo, tornaram-se a sua marca registada. De 1940 a 1960, trabalhou como fotógrafa de moda e diretora de arte na Harper’s Bazaar.
Na Junior Bazaar, trabalhou com Richard Avedon, Robert Frank, Faurer Louis, Arnold Newman e Paul Himmel.
No início dos anos 70, Lillian Bassman fazia parte do seleto grupo dos mais importantes fotógrafos de moda do século XX. Todavia, desiludida com os costumes do final dos anos 60 e cansada do mundo da moda, destruiu grande parte da sua coleção de negativos e dedicou-se a projetos fotográficos pessoais. Começou a usar a câmara escura e a tirar fotografias de si própria, jogando com a abstração das imagens e evocando um mundo de sonhos sensuais.
Foi apenas na década de 1990 que Lillian resolveu recuperar as suas antigas fotos com técnicas de Photoshop. Manipulou imagens, descoloriu planos de fundo, aumentou contrastes, deixando tudo mais etéreo do que originalmente. Foi a sua última contribuição para o mundo da moda.
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