27 de jul. de 2012

CHLOË SEVIGNY – NOVO ROSTO DA MIU MIU


Dezesseis anos após ter protagonizado a primeira campanha publicitária para a Miu Miu, a atriz Chloë Sevigny volta a ser rosto da marca italiana. A nova campanha da Miu Miu para o outono/inverno 2012/13, fotografada por Mert Alas e Marcus Piggott, apresenta uma galeria de retratos com uma atitude sedutora e provocante.


Chloë Sevigny é fotografada num cenário estilizado que nos remete para os anos 1970, a descansar preguiçosamente numa cadeira e a beber chá. Naïve e misteriosa, a atriz desperta a curiosidade dos espetadores, com uma ambígua troca de olhares. A nova coleção da Miu Miu, com as suas formas masculinas, brilhos e estampagens gráficas, torna-se o elemento principal de uma série de imagens "caleidoscópicas".

Veja o vídeo do making of abaixo.







23 de jul. de 2012

Alta-costura na lingerie


A nova coqueluche das celebridades, a ex-call girl Zahia, apesentou a sua segunda coleção de lingerie “couture” à margem dos desfiles de alta-costura em Paris para uma plateia de já fiéis admiradoras. Sedução e humor primam em peças onde destaca a excelência do trabalho artesanal. 
 
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Alta-costura na lingerie
 Criaturas de sonho ou doces raparigas: a segunda coleção de lingerie “couture” da antiga call girl Zahia, apresentada à margem da semana da alta-costura de Paris , alia a graça, o humor e um impressionante trabalho artesanal.
Em quatro ambientes, a glamourosa estilista de 20 anos, mediatizada como «o presente de aniversário» em 2009 do futebolista Franck Ribéry, seduziu a assistência, onde figuravam as atrizes Emmanuelle Béart e Béatrice Dalle.
Sublimes manequins a sair de um gigante frigorífico americano desfilaram com modelos de lingerie em renda pontuados de transparências e cristais. Um biquíni brilhante em tons framboesa evocava claramente um bombom retirado da sua embalagem.
No segundo ambiente, as manequins saíam de um queque, enquanto o terceiro ambiente constituía um hino ao amor, colorido de vermelho e preto.
Por fim, sentadas em bancos de escola, as manequins, com lingerie em que primavam as transparências e os bordados, levantavam-se ao toque dos sinos da igreja, recriando a temática da noiva que encerrou muitos desfiles da alta-costura que se desenrolavam em paralelo na Cidade-Luz.
Foi neste momento que apareceu a escultural Zahia, «de uma beleza singular que hipnotiza», segundo palavras da atriz Isabelle Adjani, dentro de uma caixa, como uma Barbie, ao som da música de Michel Polnareff “É uma boneca que diz não, não…” 
Com o apoio de um fundo de investimento asiático que vê nela «uma criadora promissora e um símbolo do “made in France”», Zahia lançou paralelamente uma linha de lingerie pronto-a-vestir, em que «cada peça deriva diretamente» da sua primeira coleção de alta-costura, apresentada em janeiro último. 
Fotógrafo oficial dessa sua primeira coleção e primeira personalidade a apoiá-la, Karl Lagerfeld afirmou-se «fascinado» por esta jovem que nasceu na Argélia e cresceu nos subúrbios de Paris, considerando que ela incarna «uma tradição de graça muito francesa».

Fonte: AFP

22 de jul. de 2012

“PEQUENO ALMOÇO SOBRE CARTOLINA”, DE JORGE VARANDA EM EXIBIÇÃO NO CAM




Até 2 de setembro, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian apresenta“Pequeno-almoço sobre cartolina”, a primeira exposição póstuma de Jorge Varanda (1953 – 2008), artista plástico português com um percurso marginal que se dividiu entre a pintura, a ilustração, as artes gráficas, a produção de diaporamas, a intervenção em arquitetura e a realização de filmes e banda desenhada.

O título da mostra remete para uma folha de cartolina, onde o artista desenhou o contorno de alguns objetos e escreveu palavras como “local da bandeja”, “pão” e “controlo remoto”, que sugerem uma refeição matinal em frente a uma televisão.

Em exibição estão diversas cartolinas pintadas durante os anos 1980, que constituem o mais relevante desenvolvimento na pintura de suporte bidimensional de Jorge Varanda, assim como madeiras recortadas e justapostas, caixas que são interiores de pequenos teatros ou exteriores de prédios de grandes cidades, biombos e outros dispositivos articulados.





LANA DEL REY: NOVO ROSTO DA H&M




Depois do anúncio da sua colaboração com a Maison Martin Margiela, a H&M dá-nos mais um bom motivo para ansiarmos pela chegada da próxima estação, ao escolher Lana del Rey como rosto e voz da sua campanha publicitária para o outono/inverno 2012/13.

Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin foram os fotógrafos responsáveis pela campanha impressa, que mostra a cantora, no seu caraterístico estilo retro, vestindo uma camisola de lã angorá e umas calças cor de rosa pá
lido.
 

PUBLICADA POR ASSOCIAÇÃO MODALISBOA

“BIOMIMICRY SHOE”


A natureza foi a principal fonte de inspiração para a criação do “Biomimicry Shoe”, um sapato de forma orgânica resultante de uma colaboração entre a designer de moda holandesa Marieka Ratsma e o arquiteto americano Kostika Spaho.

A ideia dos criadores era realçar a estética e a forma do crânio das aves, assim como a sua leveza e a sua estrutura óssea diferenciada. Uma estrutura que requer menos material de suporte, resultando numa maior eficácia, força e elegância.

“A natureza pode ser uma grande inspiração para a moda, especialmente para o uso de materiais e construções mais inteligentes. Técnicas como a impressão 3D podem ajudar-nos a aproximar-nos ainda mais das formas da natureza. A natureza pode ser usada como uma nova forma de abordar o design”, explicam Marieka Ratsma e Kostika Spaho.



KATE MOSS NUM MURAL DE BRAINWASH




Descoberta aos 14 anos por Bettina Rheims, Kate Moss tornou-se, desde o início dos anos 1990, a musa de diversos artistas, designers de moda e fotógrafos, e uma das modelos mais icónicas da sua geração. Elogiada ou censurada, a jovem modelo atraiu a atenção de todos. Alguns criadores criticavam o seu ar andrógino e silhueta esguia, enquanto outros, como Calvin Klein, destacavam a sua beleza única.

Após mais de duas décadas de polémicas e sucessos, Kate Moss continua a inspirar artistas como Thierry Guetta, mais conhecido como Mr Brainwash. A modelo britânica é o tema de um colorido mural na Oxford Street, em Londres, criado pelo artista de rua francês para promover a inauguração da sua exposição no The Old Sorting Office, no próximo dia 3 de agosto.

Brainwash já é um favorito nos mundos da moda e da música: pintou um retrato de aniversário do presidente e CEO da LVMH, Bernard Arnault, e criou capas de álbuns de Madonna e dos Red Hot Chilli Peppers.

8 de jul. de 2012

O regresso de Cardin aos 90


O primeiro criador a pôr o homem nas passerelles de Paris em 1958, o veterano Pierre Cardin, mereceu um sentido aplauso no final do seu desfile de regresso, um dia antes de comemorar 90 anos de vida e décadas de sucesso empresarial que levaram a sua marca por todo o mundo.
 
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O regresso de Cardin aos 90
 O último sobrevivente ativo das grandes casas de moda francesas do pós-guerra, nascido em Itália, é hoje dono de um extenso império do luxo, mas os seus desfiles de passerelle são poucos e espaçados: o último foi em Paris, em 2010, na apresentação da sua linha de mulher.
«É um regresso para mim e é um grande prazer», afirmou antes do desfile, que teve lugar no domingo, dia 1 de julho. «Não mostro uma linha de homem em Paris há muito tempo. É uma oportunidade de mostrar o meu estilo, a minha personalidade, o que fez o meu nome», acrescentou.
Fiel ao tema da ideia do espaço a que tem recorrido regularmente desde os anos 60, o visual para homem de Cardin apresentou ombros largos, túnicas sem manga em feltro azul-marinho, tartan em lã ou neoprene dos fatos de mergulho com óculos futuristas. «Eis o meu homem moderno. As mulheres mostram as pernas, por isso exibi os braços musculados dos homens», explicou.
Os casacos têm painéis verticais cortados na parte de trás ou são adornados com toques de borracha preta, como um ouriço espinhoso sobre os ombros. Uma conjugação de cores pouco usual misturou amarelo com violeta ou turquesa com roxo, enquanto os tecidos dos fatos pareciam, por vezes, demasiado grossos para o verão. As coisas sofreram uma reviravolta estranha quando um manequim com o peito à mostra entrou envergando umas calças pretas brilhantes e com uma mala gigante triangular com um buraco no meio.
Na velha Bolsa de Valores de Paris, os jovens manequins de Cardin surgiram estranhamente relaxados, sorrindo para as câmaras como se estivessem a fazer um esforço para levar a coleção a sério. Quando os catsuits chegaram, em lantejoulas em preto, castanho ou veludo verde e deixando muito pouco à imaginação, o público deu também sinais de colapso. Mas quando um manequim perdeu o chapéu – apanhando-o e alegremente segurando-o para o público – conseguiu alguns aplausos. E quando Cardin saiu para uma vénia, após um final com 12 manequins mulheres em vestidos tubulares futuristas com arcos de hula-hoop nas costuras, o designer veterano ganhou uma calorosa e genuína ovação.
Um percurso de luxo
Seja no pronto-a-vestir, nas licenças ou na entrada nos mercados asiáticos, onde foi pioneiro há quase meio século, Cardin seguiu um caminho que muitos dos seus contemporâneos têm tentado imitar. No entanto, tem um lugar estranho no mundo da moda francesa, onde a sua atitude relaxada – ou mesmo arrogante – em relação ao licenciamento do seu nome e a fazer dinheiro é visto, de alguma forma, como incompatível com a vocação de artista. «Há muitas grandes fortunas, mas a minha ganhei-a através da criatividade, não a apostar em cavalos ou na Bolsa», afirmou Cardin relativamente à sua fortuna pessoal, estimada, em 2009, em 310 milhões de euros.
«O que faço, faço com paixão», sublinhou, mostrando um artigo sobre o seu último grande design, um arranha-céus futurista de 2,5 mil milhões de euros, batizado Palácio da Luz na sua Veneza natal. Cardin, que pensou na torre em conjunto com o seu sobrinho arquiteto Rodrigo Basilicati, irá colocar a primeira pedra simbólica a 24 de setembro, com o objetivo de entregar o projeto a tempo da Exposição Mundial de 2015 em Milão. «Este é o meu último grande projeto – pelo menos por agora. Porque tenho de admitir que estou a ficar entradote. Quando faço uns óculos de sol, eles parecem “Pierre Cardin” e de mais ninguém. O mesmo acontece com o meu arranha-céus», frisou. E no que respeita a vender toalhas de banho Pierre Cardin ou cigarros? «Ah, isso é comércio, é outra coisa», respondeu.
Nos últimos dois anos, o vasto império de Cardin tem estado à venda, mas ele ainda não encontrou um comprador com vontade de dar o preço que pede, de mil milhões de euros. «Tenho muitas ofertas, mas quando é preciso estabelecer um número, digo sempre que não no fim. Se me quer comprar, é preciso pagar o preço certo», justificou.
Embora possa ser imodesto de forma desarmante, gabando-se que pode jantar no seu restaurante antes de ir ver um espetáculo no seu próprio teatro e dormir no seu próprio hotel, Cardin afirma que os seus pés ainda estão na terra. «Sempre fui muito ambicioso. Mas não sou vaidoso», insistiu.
Na verdade, apesar da escala gigante do seu império de negócios – 800 produtos licenciados em 122 países – o escritório de Cardin, acima da sua única loja de vestuário em Paris, não é o típico refúgio de um grande empresário. Bastante desarrumado, com a mobília a já ter conhecido melhores dias, o escritório está cheio de velhas revistas, clippings de imprensa, livros e quadros, que se amontoam na sua secretária e saem de gavetas e prateleiras. Com agrado mostra um caderno de esboços assinado por Dior. Cardin foi primeiro empregado do criador, em 1946, antes de criar a sua marca três anos mais tarde.
«É aqui que vivo. Esta é a minha vida», afirma, folheando fotografias dele com Nelson Mandela ou Fidel Castro, na capa da revista Time em 1968 ou na da Elle em 1973. «Quarenta páginas de uma edição especial de Cardin na altura – não é extraordinário?», sublinha, olhando para os arquivos da sua vida, mostrando um castelo restaurado aqui, uma linha de mobiliário de designer ali.
Podia continuar durante horas – mas há uma coisa que Cardin não quer mencionar: os 90 anos. «Oh não! Não vamos falar disso. Ou tenho de o expulsar», brincou com o jornalista da AFP. «Os aniversários são para os jovens. Não preciso de presentes. Estou a ter mais um ano e isso é suficiente», concluiu.

“MADAME GRÈS . SCULPTURAL FASHION” EM EXIBIÇÃO NO MOMU DE ANTUÉRPIA



No início da década de 1930, Madame Grès (1903-1993) torna-se famosa pela criação de elegantes vestidos drapeados, assimétricos, de linhas puras e rigorosas, que assentam no corpo da mulher como a própria pele. Em março de 2011, dezoito anos após a sua morte, o Musée Bourdelle, em Paris, expõe oitenta dos mais emblemáticos vestidos da criadora, convidando os visitantes a admirar o cair perfeito dos drapeados que a distinguem ao longo dos seus 50 anos de carreira. Vestidos admiráveis que podem ser novamente contemplados no Mode Museum(MoMu), em Antuérpia, entre 12 de setembro de 2012 e 10 de fevereiro de 2013. A exposição, intitulada “Madame Grès . Sculptural Fashion” incluirá também fotografias de Man Ray, Richard Avedon, Guy Bourdin, Cecil Beaton ou Henry Clarke, assim como esboços e desenhos originais de Madame Grès.



O PERCURSO DE MADAME GRÈS

Nascida Germaine Emilie Krebs, em 1903, na Alemanha, cresce em Paris e inicia a sua carreira a trabalhar como escultora, mas não tem sucesso e na década de 1930 decide dedicar-se à moda, sob o nome de Alix. Em 1942, resolve mudar novamente de nome e abre uma casa de moda. A denominação que escolhe resulta da inversão do nome do pintor russo e então seu marido, Serge Czerefkov. E fica para sempre conhecida como Grès: Serg soletrado ao contrário.

Grès, tal como Coco Chanel, reescreve o código do vestuário feminino e liberta as mulheres dos opressivos espartilhos. Usa as suas habilidades de escultora para drapear, cortar e preguear os tecidos, criando vestidos que primam pela sofisticada sensualidade, que se torna a sua imagem de marca.

O seu estilo drapeado nasce após desenhar trajes helénicos para a peça de Jean Giradoux, La Guerre de Troie n’aura pas Lieu, em 1935. Grès apaixona-se imediatamente pelos vestidos de estilo grego e introduz esta estética nos seus trabalhos seguintes. “Busco a perfeição”, afirma então. “Para um vestido sobreviver de uma era para a seguinte, deve ser marcado por uma pureza extrema”.

Conhecida como a mais precisa criadora de Alta Costura de Paris, Grès resiste à pressão da indústria para fazer pronto-a-vestir, preferindo trabalhar diretamente com as suas clientes - as mais famosas celebridades internacionais da época - incluindo Edith Piaf, Greta Garbo, Vivien Leigh, Dolores del Rio, Marlene Dietrich, Jackie Kennedy e Grace Kelly.

Madame Grès morre em 1993, mas continua a ser um exemplar para sucessivas gerações de designers de moda. Ainda hoje, grandes nomes como Azzedine Alaïa, Alber Elbaz, Yohji Yamamoto, Jean Paul Gaultier e Haider Ackermann consideram o seu trabalho como uma inspiração.






RAF SIMONS INICIA NOVA ETAPA NA CASA DIOR


Raf Simons apresentou, em Paris, a sua primeira coleção de Alta Costura para a casa Dior e deixou claro que não irá mudar a sua identidade. Disposto a fazer esquecer a imagem anteriormente construída por John Galliano, o designer belga rompe por completo com os códigos de sumptuosidade e teatralidade do seu antecessor e dá primazia à simplicidade.

Na Semana de Alta Costura de Paris, Raf Simons apresentou uma coleção de luxo contido - uma evolução da sua coleção de despedida da Jil Sander. Sedas e organzas combinaram-se com peles como o astracã e o vison em elegantes criações com referências a looks icónicos da casa Dior como o New Look ou o fato Bar.