22 de mai. de 2013

LEVI’S 501 COMEMORARAM ONTEM 140 ANOS







Dia  20 de maio de 2013, a Levi’s celebrou o 140º aniversário do nascimento de uma das peças mais autênticas e icónicas de todos os tempos - os jeans 501.

Quando em 1873 Levi Strauss e Jacob Davis patentearam as suas calças de trabalho rebitadas nos bolsos, não podiam imaginar a repercussão que estas iriam ter na moda e na cultura moderna.

Os jeans Levi's 501 com botões de pé em metal - os primeiros e os originais blue jeans - nasceram a 20 de maio de 1873. Passados 140 anos, a sua popularidade e relevância para o estilo e para a cultura mundial é considerável.

Definidos pela conceituada revista Time Magazine como "Fashion Item of the 20th Century” - os jeans Levi's 501 são um ícone americano que foi tecido e costurado
profundamente na nossa herança cultural mundial. De presidentes a estrelas de cinema, de agricultores a ícones da moda, de empresários ao comum dos mortais, o significado cultural destes jeans foi definido pelas pessoas que os usaram. Nenhum outro produto foi tão estimado e recriado como os Levi’s 501. Símbolo de individualidade e universalidade, os 501 passaram de geração em geração.

Para celebrar esta data incontornável, a Levi’s apresenta um vídeo que presta tributo ao modo como o icónico modelo de jeans marcou o panorama cultural internacional, e lança, pela primeira vez, uma coleção de Levi's 501 non-denim disponíveis em verde, areia, azul e vermelho.


14 de mai. de 2013

“THE GREAT GATSBY” - PREVIEW DO GUARDA-ROUPA CRIADO POR MIUCCIA PRADA


O grande romance “The Great Gatsby”, de F.Scott Fitzgerald, conseguiu, como poucas obras literárias do século XX, recriar uma estética tão forte como a da década de 1920 apenas com palavras.

Baz Luhrmann traduziu essas palavras em imagens, ao fazer a adaptação da obra de Fitzgerald para o cinema. Para tal, contou com a colaboração deMiuccia Prada. A designer de moda italiana aceitou o convite do realizador para colaborar com Catherine Martin - responsável pelo guarda-roupa do filme - na criação de 20 vestidos e, assim, reinventar uma das décadas mais inspiradoras da história da moda. Miuccia Prada inspirou-se nas suas próprias coleções dos últimos 20 anos, tanto da marca Prada como da Miu Miu, para transmitir a essência da Era do Jazz que permeia todo o romance de Fitzgerald.

Vestidos em veludo e seda, cobertos com cristais, franjas e lantejoulas, em tons de esmeralda, topázio, jade e ouro dão brilho ao elenco feminino de “The Great Gatsby”, como a atriz Carey Mulligan, que interpreta Daisy Buchanan. A marca americana Brooks Brothers desenhou o guarda-roupa do elenco masculino: Leonardo DiCaprio, que interpreta o enigmático Jay Gatsby e Tobey Maguire, que faz o papel do narrador Nick Carraway, entre outros atores.

O filme estreia esta quinta-feira, 16 de maio. Entretanto veja o vídeo onde Catherine Martin fala sobre a colaboração com Miuccia Prada e onde são revelados alguns dos vestidos criados pela designer italiana.


Punk mas belo não há


A nova exposição do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, mostra a influência do punk no mundo da moda, com as criações de Vivienne Westwood e Balenciaga a revelarem uma visão distinta do punk, menos anárquico e mais belo, ao som de bandas incontornáveis como Sid Vicious ou Sex Pistols. 
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Punk mas belo não há
Os roqueiros punk queriam anarquia. Acabaram com uma t-shirt de 565 dólares (cerca de 435 euros). Este é o resumo da história contada na nova exposição no Metropolitan Museum of Art (MET), em Nova Iorque, batizada exatamente “Punk: Caos to Couture”.
A exposição, que abriu na semana passada, traça a fusão pouco provável de um movimento conhecido por música primitiva, abuso de drogas e gritos contra os cânones sociais e o mundo cheio de brilho da moda de luxo.
A coleção nas salas elegantes do MET, a apenas uma galeria de distância das esculturas da Grécia Antiga, apresenta uma verdadeira cápsula do tempo sobre o deliberadamente destrutivo, muitas vezes autodestrutivo, género musical.
Videoclipes de Sid Vicious e outros roqueiros são exibidos em ecrãs gigantes. O ar enche-se de fragmentos de música e pérolas de sabedoria dos gurus do punk. Há mesmo uma réplica em tamanho real da casa de banho do famoso clube noturno de Manhattan, o CBGB, por volta de 1975. A sala fica preenchida com os Ramones a tocar nas colunas, um graffiti “Dead Boys Rule” e pontas de cigarros no chão – algo que já não se vê nos bares de Nova Iorque hoje em dia, livres de tabaco. O cheiro e, claro, as pessoas estão ausentes: não se enquadrariam no MET, mesmo que fossem autorizados a passar pela porta.
“Chaos to Couture” não é sobre o punk revolucionário, duro. É sobre o punk bonito, sobre como uma subcultura niilista morreu e depois voltou à vida numa passerelle. A exposição alega que o amor dos punks pelo low-cost e as suas declarações espontâneas de moda – como um rasgão numa t-shirt ou uma corrente de casa de banho como joalharia – estava em sintonia com a forma como os designers modernos trabalham.
«Numa reviravolta bizarra do destino, o seu modo de vida “faça você mesmo” tornou-se no futuro do “não-futuro”», como referem as notas da exposição. «Embora o etos punk possa parecer estranho em relação ao etos do feito à medida da costura, ambos são definidos pelo mesmo impulso de originalidade e individualidade», destaca.
Os manequins preenchem as galerias do MET, um a seguir ao outro, com vestuário de gama alta inspirado no punk. Um vestido de noite da Versace da coleção primavera-verão de 1994 exibe enormes alfinetes de dama. Um minivestido Balenciaga, drapeado com correntes, do outono-inverno de 2004, encontra-se perto de um vestido Givenchy em seda de chiffon rosa com fechos dourados, pertencente à coleção para a estação quente de 2011.
A cena parece longe da banda sonora da exposição, com as músicas dos Sex Pistols a clamar pela necessidade de “chocar as pessoas” e ser “obsceno e escusado quanto possível”. Contudo, como sublinha a curadoria da exposição, a comercialização e a moda nunca estiveram longe da experiência punk.
É atribuído ao lendário empresário Malcom McLaren o lançamento virtual do punk britânico a partir da loja Sex que ele e a sua sócia Vivienne Westwood geriam em Kings Road, em Londres. E ela tornou-se num dos ícones do design de moda.
Depois de uma dúzia de salas, a exposição do MET termina muito da mesma forma que o punk terminou: com uma loja de lembranças. Aí, o roqueiro punk dos tempos modernos pode sair com uma t-shirt Givenchy de 565 dólares decorada com um lettring ao estilo graffiti, ou então, por 100 dólares, com outra da própria Vivienne Westwood, simplesmente branca e com as palavras “climate revolution”. Se preferir pode levar um alfinete de dama de tamanho grande a pender de uma corrente por 165 dólares ou então um com pérolas, por 775 dólares.
Fonte: AFP
 

9 de mai. de 2013

NOVO LIVRO DE ROGER VIVIER





O legado do designer de calçado e acessórios Roger Vivier é o tema de um novo livro editado pela Rizzoli New York. Ao longo da sua carreira de sessenta anos, Roger Vivier inovou tanto na forma como nos ornamentos dos sapatos de senhora, com um nível incomparável de delicadeza e requinte. Os seus sapatos são lendários, e a sua tradição de perfeição e espírito inovador continua agora pela mão do atual diretor criativo da casa, Bruno Frisoni, que soube atualizar os conceitos de Vivier.

Intitulado simplesmente "Roger Vivier", o novo livro celebra a história da célebre casa, focando as suas criações desde os anos 1930 à atualidade, incluindo o primeiro salto stiletto criado por Vivier para a Christian Dior em 1955, os pumps com fivela à frente celebrizados por Catherine Deneuve, em 1967, no filme de Luis Buñuel "Belle de Jour", e as mais recentes criações de Bruno Frisoni.

Com cerca de 300 fotografias a cores, esboços de Vivier e Frisoni, e detalhes dos acessórios da marca, este livro - disponível nas principais livrarias e nas 14 lojas da marca em todo o mundo - é tão requintado como os sapatos que enchem as suas páginas.


30 ANOS DE MODA JAPONESA







As inovadoras criações dos designers de moda japoneses, que revolucionaram a forma como pensamos a moda atualmente, vão estar em exibição noSeattle Art Museum (SAM)de 27 de junho a 8 de setembro de 2013“Future Beauty: 30 Years of Japanese Fashion” vai reunir mais de 100 peças de designers reconhecidos como Issey Miyake, Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto, assim como de jovens criadores influenciados pela cultura popular e o estilo de vida dinâmico de Tóquio.

Os primeiros designers japoneses a ganhar reconhecimento no Ocidente foram Kenzo Takada e Issey Miyake, na década de 1970. No início dos anos 80 outros nomes emergiram nos desfiles de Paris com uma estética completamente nova. Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto apresentaram peças assimétricas a preto e branco, com formas e volumes inesperados, que contornavam a silhueta feminina. Reconhecidas como uma contraproposta radical ao vestuário ocidental, as suas criações ganharam notoriedade imediata. Este foi o início de três décadas de design inovador que influenciou e reformulou a estética e o modo de vestir ocidental.

Com curadoria de Akiko Fukai, historiador de moda e diretor do Kyoto Costume Institute, a exposição “Future Beauty: 30 Years of Japanese Fashion” estará organizada em quatro seções temáticas. A primeira seção, “In Praise of Shadows”, explora o interesse dos designers japoneses nos materiais, texturas e formas e o seu ênfase inicial na luz e sombra. A segunda seção intitula-se “Flatness” e mostra as geometrias simples e a interação de planos e volumes na obra de Issey Miyake e Rei Kawakubo. A seção seguinte foca a relação entre Tradição e Inovação, desde a reinvenção do vestuário e técnicas tradicionais japonesas, como o quimono e o origami, até aos avanços tecnológicos no fabrico e tratamento têxtil. A última seção destaca o fenómeno “Cool Japan”. Apresentando obras de Tao Kurihara, Jun Takahashi para Undercover e Naoki Takizawa, entre outros, “Cool Japan” examina a relação simbiótica entre o estilo de rua, a cultura popular e a alta moda.

No total estarão em exibição cerca de 100 criações de designers famosos como Rei Kawakubo, Yohji Yamamoto, Issey Miyake, Kenzo Takada, Junya Watanabe, Jun Takahashi, entre outros, assim como vídeos de desfiles, documentários, fotografias, revistas e peças efémeras projetadas por conceituados artistas internacionais, como Gilbert and George e Cindy Sherman.

“Future Beauty: 30 Years of Japanese Fashion” promete ser uma experiência fascinante.


SEATTLE ART MUSEUM
1300 First Avenue
Seattle, WA 98101-2003


Foto 1 – Yohji Yamamoto
Foto 2 – Rei Kawakubo para Comme des Garçons, primavera/verão 1997


8 de mai. de 2013

EXPOSIÇÃO EM PARIS TRAÇA A HISTÓRIA DO MÍTICO CHANEL Nº5

O universo do mítico Chanel Nº5 é apresentado até 5 junho, no Palais de Tokyo, em Paris, numa retrospetiva única que traça a história e revela os mistérios da lendária fragrância idealizada por Gabrielle Coco Chanel em 1921. Com curadoria de Jean-Louis Froment, a exposição "N°5 CULTURE CHANEL" reúne obras de vários artistas, incluindo do pintor espanhol Pablo Picasso, do escritor francês Jean Cocteau e do compositor russo Igor Stravinsky, assim como peças de arquivo da casa francesa.

Chanel Nº5 foi criado pelo perfumista Ernest Beaux. Coco Chanel encomendou-lhe um perfume que "cheirasse a mulher" e que não se pudesse comparar a outras fragrâncias que na época eram feitas a partir do aroma de uma única flor. Chanel Nº5 contém 80.

Porquê Nº5? Porque foi a quinta amostra selecionada entre as 24 apresentadas a Coco Chanel pelo perfumista. Chanel escolheu Nº 5, por ser o seu número da sorte.

Desde a sua criação, a fragrância teve como rostos grandes divas como Marilyn Monroe, Catherine Deneuve, Carole Bouquet, Nicole Kidman, Audrey Tatou, e mais recentemente Brad Pitt.

A exposição inclui também um “Olfactory Workshop”, onde os visitantes podem tentar desvendar as essências de Chanel Nº5.



LOUIS VUITTON LANÇA NOVA COLEÇÃO DE LIVROS DE VIAGEM


Louis Vuitton expande a sua coleção de livros de viagem com os novos “Travel Books”. A marca francesa deu carta branca a uma série de artistas de renome e jovens talentos promissores, pedindo-lhes para contar as histórias das cidades e dos países que visitaram, descrevendo os caminhos sinuosos, a arquitetura e a luz de cada lugar e registando o passar dos dias e as vidas dos seus habitantes. Trata-se de uma nova e original abordagem aos livros de viagem, um misto entre o diário de viagem e o caderno de esquissos. Para inaugurar a coleção serão lançados quatro títulos: o artista francês Jean-Philippe Delhomme apresenta a sua visão de Nova Iorque; o congolês Chéri Samba retrata Paris com uma paleta brilhante e colorida; o americano Daniel Arsham envolve de mistério a Ilha de Páscoa; e a jovem ilustradora japonesa Natsko Seki mostra uma Londres gráfica e digital.

Sucessores da coleção “Carnets de Voyage”, que durante quase 40 anos capturaram as aventuras urbanas de alguns ilustradores e aguarelistas, os “Travel Books” da Louis Vuitton oferecem uma nova visão do ato de viajar. Uma visão contemporânea em que se explora tanto países selvagens e longínquos como grandes cidades. Cada artista parte ao encontro de uma história ainda por escrever, com um olhar despertado pela surpresa do desconhecido ou o prazer da redescoberta.

Além da vocação iconográfica destes diários de viagem, a coleção sublinha a riqueza de horizontes da arte contemporânea. Durante as suas viagens, estes artistas oriundos dos quatro cantos do mundo tiveram a liberdade para escolher a sua forma de expressão: o desenho, a pintura, a colagem, a ilustração, a banda desenha ou a manga.

Todos os anos, serão adicionados novos destinos e novos títulos à coleção. Depois da Ilha de Páscoa, Londres, Nova Iorque e Paris, seguir-se-ão Veneza através dos desenhos de manga do artista Jiro Taniguchi, e Vietname visto pelo autor italiano de banda desenhada Lorenzo Mattotti. Para cada novo título, será disponibilizada uma edição limitada e assinada em lojas selecionadas da Louis Vuitton.

FOTOS: © Louis Vuitton | Eric Cowez e Laurent Teisseire



7 de mai. de 2013

SHOWSTUDIO.COM APRESENTA NOVO FILME DE MODA


Ensaios fotográficos, desfiles transmitidos ao vivo, reportagens sobre os ateliers e os processos criativos de designers e artistas diversos e uma série de filmes de moda únicos tornam o website Showstudio.com, criado no ano 2000 pelo icónico fotógrafo inglês Nick Knight, uma referência para profissionais de moda.

“Bound” é o título do mais recente filme de moda apresentado em Showstudio.com. Um filme hipnotizante criado pela cineasta Marie Schuller em colaboração com a designer de acessórios irlandesa, Una Burke, onde se veem as complexas criações / armaduras em couro de Burke a ganhar vida e a dançar e contorcer misteriosamente em frente à câmara.


A supremacia do camuflado


Inspirado pelas imagens que enchem os ecrãs de televisão com conflitos ou apenas pelo seu valor estético e múltiplas variações, o camuflado está de regresso em força ao guarda-roupa dos homens, juntamente com os casacos de piloto, sempre em variações mais leves e modernas.

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A supremacia do camuflado
Quando se abre um jornal ou se entra num website, a possibilidade de encontrar uma notícia sobre a guerra na Síria, a postura agressiva da Coreia do Norte ou a retirada das forças militares do Afeganistão é grande. O mesmo se passa nas páginas brilhantes das revistas de estilo dedicadas aos homens, com as virtudes do estampado camuflado estampadas em múltiplas fotos e coordenados.
E mesmo as lojas aderiram ao estampado típico das fardas militares. Há os casacos desportivos, os cardigans em caxemira e as sapatilhas da Valentino, o casaco ou a camisa de manga curta em camuflado da Comme des Garçons, as malas Camden, os slippers estampados e as carteiras da Jimmy Choo e os blazers, t-shirts e óculos de sol da Topman.
Com efeito, da praia ao estilo mais clássico (como os laços formais estampados da Lanvin), toda a vida de um homem pode ser vivida em camuflado. A marca americana Jack Spade até lançou um relógio com este estampado. «A camuflagem não é só uma das maiores tendências da estação, é também uma das que mais vende», afirma Darren Skey, diretor de vestuário de homem nos grandes armazéns Harvey Nichols. «O estampado camuflagem tem vindo a regressar ao guarda-roupa dos homens mas de repetente atingiu um ponto crítico», acrescenta.
«Foi puramente decorativo e de forma alguma política», justifica o criador Dries Van Noten em relação à utilização do estampado em quase todas as peças da sua mais recente coleção para homem. «A camuflagem pode ser transformada em tanta coisa e foi exatamente isso que tentamos fazer: puxar pelo seu potencial gráfico, distorcer o padrão, estampar o motivo em vários tecidos para criar uma ilusão ótica. Não nos focamos muito na sua habitual associação militar. Queríamos que o padrão se destacasse por si só», aponta.
Tom Kalenderian, vice-presidente executivo dos grandes armazéns Barneys New York, considera que «o camuflado é um estampado essencial no vestuário de homem. Faz lembrar imagens de caça e campismo, para além das óbvias associações militares».
Joshua Brown, um consultor de 28 anos do Citi, diz que «é uma forma fácil de parecer cool. O estampado camuflado acrescenta imediatamente uma certa ousadia ao vestuário casual mas não de uma forma assustadora. Acho que é uma afirmação de estilo rock que se tornou mainstream da mesma forma que ir a Glastonbury ou ter uma tatuagem».
Humberto Leon, codesigner em parceria com Carol Lim da coleção forte em camuflados da Kenzo, explica que «vivemos a viajar entre Nova Iorque e Paris e quisemos combinar essas sensibilidades urbanas no vestir com a imersão sensorial nas selvas do sudeste asiático que visitamos recentemente».
Pierpaolo Piccioli, da Valentino, que com a codesigner Maria Grazia Chiuri também colocou o camuflado no centro da mais recente coleção para homem da marca, indica que «o ponto de partida da coleção foi a combinação de diferentes materiais, texturas e cores. O padrão camuflado surgiu da sobreposição de todas essas combinações de tecidos. O design é tradicionalmente um padrão muito masculino e será sempre visto como um símbolo de força e masculinidade. A nossa abordagem do estampado foi torná-lo moderno e usável em situações do dia a dia».
Ainda assim, como reconhece Kalenderian, o camuflado dos pés à cabeça deve provavelmente ser evitado, para não ser confundido nem com um veterano do Vietname nem com uma reminiscência das guerras de contracultura. «Para mim, o camuflado é melhor como acessório, apenas como uma peça de afirmação», sublinha.
Skey, da Harvey Nichols, concorda. «Penso que a tendência pode abranger todos os segmentos etários dependendo de quanto usa», refere. «Para os mais ousados, penso que funciona bem misturado com outros estampados mas para a maior parte dos homens penso que a camuflagem é melhor circunscrever-se a uma única peça, seja um saco ou uns sapatos – e misturado com cores mais neutras». Por outro lado, afirma Dries Van Noten, «para mim, se parece bem e a pessoa se sente bem… porque não?».
Mas a obsessão militar no verão não se fica pela camuflagem e trouxe também o casaco de piloto, visto pela última vez em 1989. Desta vez foi atualizado com estampados ousados, tecidos luxuosos e, em muitos casos, um certo toque distinto dos anos 70. Este tipo de casaco está intermitentemente na moda desde a I Guerra Mundial, quando os pilotos os usavam para se manterem quentes em cockpits abertos.
Tradicionalmente feito em couro ou pele de carneiro, o casaco original era pesado em comparação com os atuais, que são apelativos como casaco de meia estação.
Tiveram um percurso longo desde os dias de poliamida com enchimento dos anos 90, com padrões ousados e materiais leves e luxuosos como os da Alexander McQueen ou os inspirados no estilo dos anos 70 de Miko Spinelli. Para quem não está pronto para abraçar o retro, pode recorrer aos casacos de piloto mais conservadores com misturas de algodão e linho da Hentsch Man ou o estilo clássico em malha da Missoni.
«As formas deste casaco são incrivelmente versáteis e podem parecer muito fortes como uma camada por baixo de um sobretudo de corte clássico, assim como ser o casaco perfeito para a primavera, quando o tempo fica mais quente», considera Reece Crisp, comprador de vestuário de homem nos grandes armazéns Selfridges. O designer Jonathan Saunders afirma que «o casaco de piloto é uma peça clássica, mas com uma abordagem mais elegante, como os da minha coleção de verão, pode fazer com que todo um coordenado pareça elegante e complementa realmente umas calças ou calções justos clássicos».
Existirá alguma idade limite neste estilo? Toby Bateman, diretor de compras no retalhista on-line Mr. Porter, diz que não. «É apenas preciso adaptar o estilo à idade. Um homem mais velho pode ficar fantástico com um casaco de piloto em camurça. Os homens mais novos podem experimentar mais com estampados se quiserem», explica.
 
Financial Times

“NEW FASHION PHOTOGRAPHY”


O mais recente livro de moda da editora Prestel, "New Fashion Photography”, editado por Paul Sloman e Tim Blanks, inclui fotografias de grandes nomes como Nick Knight, Rankin, Miles Aldridge e Ruven Afanador, bem como de uma nova geração de fotógrafos mais experimentais como Kourtney Roy, Daniele & Iango e Aram Bedrossian.

Através de entrevistas exclusivas, comentários e imagens únicas, "New Fashion Photography” apresenta mais de 30 jovens artistas de todo o mundo que estão a marcar a nova era da fotografia de moda. O século XXI trouxe mudanças significativas na fotografia, tecnologia, moda e arte. No centro desses movimentos de renovação está um grupo de artistas que ultrapassam os limites da fotografia tradicional de moda de múltiplas formas, seja através da utilização da imagem digital, da manipulação fotográfica, ou do uso de novos medias.

Profusamente ilustrado, "New Fashion Photography” apresenta retratos de Daphne Guinness, Lady Gaga, Lana Del Reye e de uma série de modelos como Iris Strubegger, Liya Kebede e Carolyn Murphy, entre outros rostos famosos.

Mais um livro imprescindível para os amantes da fotografia de moda!


“ONCE UPON A TIME...” CHANEL







Para celebrar o centésimo aniversário da abertura da primeira loja Chanel em Deauville, o diretor artístico da casa de moda francesa, Karl Lagerfeld, assina uma curta metragem que traça o início da carreira de Gabrielle "Coco" Chanel. Com Keira Knightley no papel da célebre designer, “Once Upon a Time...” será exibido pela primeira vez no próximo dia 8 de maio, numa projeção privada no hotel Raffles de Singapura e simultaneamente no site chanel-news.com.

Os modelos Baptiste Giabiconi, Stella Tennant, Lindsey Wixon ou Caroline de Maigret juntam-se ao elenco da curta-metragem. Veja o trailer.



GABRIELLE “COCO” CHANEL

Depois de uma passagem pelo teatro, onde adquiriu a alcunha “Coco”, Gabrielle Chanel (1883–1971) iniciou a sua carreira como modista de chapéus. Em 1913, abriu a sua primeira loja em Paris. Com os seus chapéus e uma linha limitada de vestuário simples e funcional que jogava com os códigos masculinos e femininos, Chanel fidelizou rapidamente uma clientela dedicada e ávida por se libertar dos opressivos espartilhos. As suas simples e elegantes criações em jersey - um material até então invulgar e apenas utilizado em underwear masculino - foram um sucesso imediato e continuaram a marcar a moda das décadas de 1920 e 1930. O seu famoso “little black dress” tornou-se um clássico do vestuário feminino do século XX.

Em 1939, quando a França declarou Guerra à Alemanha, Chanel fechou o seu atelier, mas após o conflito percebeu que não poderia ficar parada a assistir à ascensão de Christian Dior, cujo “New Look” triunfou no período pós-guerra. Embora muitos admirassem a feminilidade do visual proposto por Dior, com saias rodadas e cinturas marcadas, Chanel considerava que este não se adequava à mulher emancipada que tinha sobrevivido a uma segunda guerra e assumido um papel ativo na sociedade. Tal como tinha feito após o primeiro grande conflito mundial, Chanel esforçou-se por libertar e reanimar a moda feminina, competindo com as propostas de uma nova geração de designers.

A sua coleção de regresso foi apresentada em 1953. Após três estações, Chanel reconquistou a notoriedade. Modernizou visuais clássicos, trabalhou sobre as tradicionais peças em tweed e conquistou uma nova geração de clientes. O clássico fato Chanel, em tweed, tornou-se um símbolo de estatuto e elegância.

Gabrielle Chanel morreu em 1971. A criação das linhas de Alta Costura e pronto-a-vestir foi assegurada por vários assistentes da designer até Karl Lagerfeld assumir a direção criativa de ambas as coleções, em 1983.

Colarinhos para todos


Inspirados nos anos 20 ou mais modernos, as opções de colarinhos e gravatas têm vindo a aumentar nos últimos anos, permitindo aos homens de negócios adaptarem o seu estilo ao “uniforme” que é o fato. A tendência, contudo, é revivalista, com os alfinetes de gravata e os colarinhos arredondados a voltarem em força.
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Colarinhos para todos
Quando a versão de Baz Luhrman do “The Great Gatsby” estrear nos cinemas americanos a 10 de maio e no Festival de Cinema de Cannes cinco dias depois, vários detalhes da moda dos anos 20 poderão regressar, ainda com mais força, aos guarda-roupas dos homens de negócio – uma esperança também mantida pela Brooks Brothers, que produziu os figurinos para o filme.
Excertos do filme, por exemplo, mostram Leonardo DiCaprio, na personagem do empresário Jay Gatsby, a usar colarinhos fechados com um alfinete de gravata. Mas a verdade é que, para alguns homens de negócios contemporâneos, o alfinete de gravata nunca desapareceu.
«Recentemente um jovem amigo perguntou-me para que servia o alfinete», revela Tom Ford, que tem 51 anos e durante mais de 30 anos usou um alfinete que passa no colarinho por baixo da gravata. «Simplesmente retorqui que era uma questão de estilo, como há várias formas de um homem usar acessórios», indica.
Com efeito, o que passa por baixo, pelo meio ou à volta do colarinho, assim como a forma do próprio colarinho, estão entre as poucas escolhas que os homens de fato podem fazer, mas podem criar uma grande diferença nas imagens que projetam.
Reconhecendo este facto, Ford incluiu nas últimas duas estações os colarinhos arredondados, uma relíquia dos anos 20 que está novamente na moda, no arquivo das formas tradicionais dos colarinhos da sua coleção epónima de moda para homem.
Não que o estilo de Jay Gatsby – que, tal como imaginado por F. Scott Fitzgerald, fez a sua fortuna em contrabando e venda de títulos roubados – seja um visual que funcione em todos os ambientes de negócio.
«Os colarinhos arredondados e os alfinetes são um pouco demasiado ousados para o sector financeiro, pelo menos em grandes bancos», considera Gregor Feige, banqueiro no Equity Capital Markets em Wall Street. «A maior parte das vezes é apenas uma questão de equilíbrio entre estar razoavelmente na moda sem atrair comentários no escritório», explica.
Além disso, com tantas opções de colarinho disponíveis (outras oferecidas por Ford, por exemplo, incluem pontiagudos, largos, estreitos, curtos, etc.) é preciso saber colocar a gravata certa com a forma do colarinho apropriada. «É importante destacar que alguns nós de gravata adequam-se a determinados colarinhos», sublinha Toby Bateman, diretor de compras do portal on-line de moda de homem MrPorter.com, sediado em Londres.
«Se trabalhar numa linha de negócio mais criativa, então pode ser mais relaxado com a escolha do colarinho e a forma como o usa», considera Bateman. Por exemplo, uma camisa com colarinhos pontiagudos com um nó de gravata americano é, na opinião do diretor de compras, «formal mas mostra que tem alguma individualidade». Se escolher usar um colarinho mais largo, por exemplo para «um encontro de negócios mais formal», Bateman sugere um nó duplo Windsor. O nó largo simétrico «enche suficientemente a largura do colarinho», aponta.
Contudo, o tamanho do nó Windsor diminuiu para alguns utilizadores. «A maior parte das pessoas em finanças usa apenas um nó simples Windsor numa gravata Hermès ou Ferragamo», afirma Gregor Feige. Isso, acrescenta, «é geralmente mais subtil do que o que se via nos anos 80», aludindo a uma altura em que camisas de corte quadrado, colarinhos largos e gravatas com grandes nós eram o normal.
Feige nota que as formas estão mais estreitas e há uma «sensibilidade mais europeia a vestir» no escritório.
Uma opinião partilhada por outros executivos cosmopolitas. «Pequenos colarinhos e gravatas mais estreitas funcionam para mim», indica Carlos Couturier, cofundador do Grupo Habita, uma cadeia mexicana de hotéis boutique com localizações em cidades em todo o México. «Tudo ficou mais estreito, até os nossos corpos», afirma Couturier, que supervisiona todos os novos desenvolvimentos de hotel, incluindo o primeiro em Nova Iorque, o Hôtel Americano, em 2011. Este homem de negócios escolhe proporções mais estreitas desenhadas por marcas europeias como Dior Homme, Jil Sander e Neil Barrett.
As mudanças nos colarinhos podem também ser atribuídas ao interesse cada vez maior dos homens no tamanho e ajuste das suas peças de vestuário. «A maior mudança no vestuário de homem nos últimos 10 anos foi o corte», considera Nick Wheeler, o fundador da empresa londrina de produção de camisas Charles Tyrwhitt.
Wheeler, que desenha camisas desde 1986, tem registado um aumento na procura de colarinhos mais pequenos. «O corte extra justo registou um rápido crescimento nos últimos anos», refere, «e agora reduzimos o tamanho dos colarinhos nessas camisas». Mas não é apenas um colarinho mais estreito que Wheeler está a sentir nas preferências dos seus clientes. A procura de colarinhos com alfinetes e colarinhos arredondados «aumentou dramaticamente».
Inevitavelmente, com o aumento da popularidade de algumas formas de colarinho, outras têm registado um declínio. A procura pelo chamado colarinho de Winchester, também conhecido como colarinho de contraste e sinónimo de uniforme dos homens de negócio dos anos 80, caiu nas últimas estações na Charles Tyrwhitt. Feige, o banqueiro de investimento, concorda. «Não uso colarinhos a contrastar e pessoalmente não gosto», afirma. «Parecem-me demasiado Gordon Gekko para mim», em referência ao protagonista do filme de 1987 “Wall Street” encarnado pelo ator Michael Douglas.
Por isso, como é que os homens de hoje devem tomar uma decisão executiva em relação a estas questões? «O meu conselho pessoal é que usem um colarinho de tamanho adequado e uma camisa formal para o cenário ou ocasião em questão», sustenta Bateman. «A não ser que seja italiano, em que é perfeitamente aceitável demonstrar “sprezzatura” – um certo desalinho pensado – que se manifesta através de uma gravata ligeiramente aberta ou um botão do colarinho desapertado», conclui.

Fonte: New York Times

2 de mai. de 2013

LACOSTE COMEMORA 80º ANIVERSÁRIO







A marca do crocodilo comemora oito décadas de experiência e criatividade, com a apresentação de duas coleções de aniversário - “Edition” e“Unexpected” - e uma colaboração com o ilustrador Peter Saville.

Tudo começou num campo de ténis em 1933, quando o tenista francês René Lacoste decidiu trocar a tradicional camisa em tecido de manga comprida por uma camisa de manga curta em piqué. Desde então, a marca Lacoste soube transformar-se e adaptar-se à Moda em cada momento, combinando o savoir faire tradicional com ideias inovadoras. Distanciou-se do seu original circuito desportivo e converteu-se numa marca de casualwear de referência mundial.

Com o objetivo de celebrar os 80 anos da Lacoste e perpetuar os seus valores, o atual diretor artístico da marca, Felipe Oliveira Baptista, decidiu criar duas coleções de aniversário. A coleção “Edition”, que inclui todos os modelos principais da casa: o mítico polo 12.12 criado com base em esboços de René Lacoste, o modelo original de ténis criado em 1963 e os óculos de aviador, que foram um verdadeiro sucesso nos anos 1980. Paralelamente, o designer convidou o ilustrador Peter Saville a imaginar um logotipo de aniversário para a coleção “Unexpected”. Constituído por vários círculos dispostos de modo a formar o número 80, o logo surge em todos os polos, t-shirts, vestidos e sapatos desta coleção.

FOTO: © D.R.