27 de fev. de 2013

O sonho da Cinderela

A exposição Shoe Obsession, patente no museu do Fashion Institute of Technology até abril, dá provas da paixão universal das mulheres pelos sapatos, com modelos extraordinários de designers incontornáveis como Manolo Blahnik, Christian Louboutin, Norikata Tatehana, Prada e Repetto. 



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O sonho da Cinderela
Algures entre os saltos altos de Carrie Bradshaw e o próximo filme de Halle Berry “Shoe Addicts Anonymous” (sobre um grupo de apoio de viciados em sapatos), está a Shoe Obsession, uma exposição no museu do Fashion Institute of Technology (FIT), em Nova Iorque, que analisa a paixão universal por sapatos fabulosos.
Valerie Steele, diretora do museu e co-curadora da mostra, revela que «temos visto uma escalada no interesse por calçado nos últimos 10 anos, com designers como Nicholas Kirkwood a concorrerem com mestres como Manolo Blahnik e Christian Louboutin. Isto vai além do cultural e do sexual. A alta moda tornou-se mais cara e conservadora e as pessoas estão a ter mais retorno pelo seu dinheiro com os acessórios. Desde há alguns anos, o calçado ultrapassou as bolsas».
Embora a coleção de calçado do FIT compreenda mais de 4.000 pares, a mostra apresenta 150 exemplos de sapatos contemporâneos de mais de 50 designers. A Shoe Obsession destaca «os estilos extremos e imaginativos que tornaram o calçado fundamental para a moda», refere o instituto.
Exemplos em exposição incluem os sapatos d’Orsay prateados com fivela de Manolo Blahnik, que apareceram em 2003 num episódio da série “O Sexo e a Cidade” chamado de “O direito da mulher a sapatos”; os saltos Pigalle de Christian Louboutin, dos seus desfiles de outono; os Eyelash Heel Pump by Bruno Frisoni da coleção de outono de Roger Vivier; modelos de Pierre Hardy e Lanvin; e os saltos altos em preto e branco desenhados por Nicholas Kirkwood e pelo artista Keith Haring. Os sapatos Lady Pointe de Norikata Tatehana, como os usados por Lady Gaga, estão também em exposição.
Vários conhecidos colecionadores de sapatos estão também em destaque, incluindo Daphne Guinness (que emprestou alguns dos seus sapatos para a exposição, incluindo exemplos extremos de Alexander McQueen e Nina Ricci) e a designer de joalharia Lynn Ban, que detém 20 pares de sapatos desenhado por Azzedine Alaïa e três pares “com chamas” da coleção da primavera 2012 da Prada, exemplos que estão também patentes nesta mostra.
A Baronesa Monica von Neumann, cuja paixão por saltos altos elegantes ficou demonstrada no documentário de 2011 God Save My Shoes (Deus Salve os Meus Sapatos), estará representada com estilos de marcas de luxo eminentes como Gucci e Hermès.
Dory Benami, ex-diretor de operações na United Nude, uma marca de calçado co-fundada pelo arquiteto Rem Koolhaas e muito amada pelos fetichistas do calçado, revelou ao Financial Times que «as mulheres avaliam-se por quantos pares têm. E já vi mulheres que tinham centenas de pares da mesma marca».
Steele, que tem cerca de 50 pares de sapatos, sobretudo da Repetto, diz que «vício e obsessão encaixam aqui. Já fiz trabalho na área dos fetiches sexuais, que têm algum do apelo dos sapatos para os homens. Para as mulheres tem a ver com a moda e os saltos altos são um pináculo fundamental de feminilidade».
A exposição, cujo acesso é gratuito, estará patente até 13 de abril.


Fonte: Portugal Têxtil

Falta homem em Nova Iorque

Apesar de ser uma das quatro capitais da moda, Nova Iorque não alberga uma passerelle exclusivamente masculina, com as muitas marcas dedicadas ao homem que povoam a cidade a terem de se sujeitar a se ofuscadas pelos grandes desfiles de moda “para elas”


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Falta homem em Nova Iorque
A irrelevância não combina com Nova Iorque. No entanto, é esse o estado da indústria de vestuário de homem: sem uma verdadeira semana de moda, é forçada a contentar-se com entradas indesejadas nos primeiros dias das coleções de senhora, o que significa que as passerelles masculinas são praticamente obscurecidas pelos desfiles de senhora.
Não admira por isso que, embora Nova Iorque seja casa de algumas das maiores marcas de moda de homem do mundo, muitas, como a Calvin Klein Collection, Thom Brown e John Varvatos, escolham desfilar no estrangeiro. Ralph Lauren mostrou a sua nova coleção em Nova Iorque, mas como apresentação, uma semana antes dos desfiles de senhora e, alegadamente, está a planear um desfile dentro do calendário para a próxima estação. Mas em Paris.
Dos nomes que ainda desfilam em Nova Iorque, o maior é Tommy Hilfiger, que foi reinventada pelo novo proprietário, o grupo PVH, como marca lifestyle. Isso torna a coleção da passerelle para o outono-inverno 2013 um exercício de marketing… bem-sucedido. As notas sob a coleção citam o alfaiate inglês dos anos 60 Tommy Nutter enquanto influência, mas na verdade o desfile foi sobre como alinhar com as tendências “amigas dos editores” dos desfiles europeus de moda de homem no mês anterior.
Os fatos foram conjugados com sapatos com sola de ténis e ouve muito xadrez grande Príncipe de Gales, que, em diversas se altura, se assemelharam a uma piada. Os designs foram mais bem-sucedidos quando se mantiveram simples, como com o fato de trespasse Príncipe de Gales. A Tommy Hilfiger contou com o talento criativo de Simon Spurr, um promissor designer britânico sediado em Nova Iorque que abandonou a sua marca própria na última primavera.
Também no calendário estiveram Patrik Ervell e Duckie Brown, que adora os blusões de piloto que foram usados por cima de sobretudos. Muitos foram ver a marca Public School, cujos casacos em pele e calções sobre calças têm uma atitude promissora. Ainda assim, a maior parte das marcas contemporâneas da cidade evitam o calendário oficial sempre que podem, em vez de aparecerem em segundo plano. A Rag & Bone, por exemplo, seguiu o movimento de fuga da Ralph Lauren mostrando as suas variações do casaco de piloto uma semana antes dos desfiles.
A realidade do vestuário de homem em Nova Iorque é que o negócio vem primeiro. «Aconselho sempre todos os estudantes a terem um trabalho quando se formam», refere Simon Collins, reitor de moda na Parsons. «É tão melhor cometer erros com o dinheiro de outros», acrescenta.
Exemplo disso: o criador belga Tim Coppens, que se formou na Royal Academy de Antuérpia em 1998, apenas lançou a sua marca própria em 2011, depois de anos a trabalhar na Ralph Lauren em Nova Iorque. Na semana passada, mostrou ser a melhor esperança da cidade numa nova via de futuro em vestuário de homem, com uma coleção inteligente de tom desportivo. Há muita coisa que faz com que Coppens se destaque, como o tom divertido, com flashes de tons néon dentro dos seus fatos e o evidente processo de criação no design. É também cauteloso, crescendo devagar, apoiado por distribuidores-chave (Barneys em Nova Iorque, Joyce em Hong Kong).
O que faz com que Nova Iorque tenha de enfrentar o seu maior problema. A falta de uma infraestrutura oficial de desfiles para moda de homem tornou-se uma questão tão importante – sobretudo agora que Londres criou a sua semana de moda masculina – que o Council of Fashion Designers of America está a analisar a criação de um espaço próprio, possivelmente neste verão. Mas não é possível criar uma semana de moda de moda do nada e demora anos a desenvolver uma nova marca. Além disso, as identidades masculinas do século XXI – que usam fatos ao estilo Mad Men e os hipsters com tatuagens – sempre existiram sem uma passerelle. É um mistério sem solução imediata. Perceber o problema já é um princípio.
 
Fonte: Financial Times

25 de fev. de 2013

RETRATOS DE MAN RAY EM EXIBIÇÃO NA NATIONAL PORTRAIT GALLERY , EM LONDRES


A primeira grande retrospetiva num museu britânico do trabalho de Man Ray inaugurou ontem na National Portrait Gallery, em Londres“Man Ray Portraits” reúne mais de 150 retratos do influente artista e fotógrafo americano que revolucionou a fotografia de moda a partir dos anos 1930.

A exposição foca a carreira de Man Ray em Nova Iorque e em Paris entre 1918 e 1968, demonstrando o seu importante papel nos movimentos surrealista e dadaísta. Fotógrafo autodidata, Man Ray tornou-se conhecido pela sua originalidade, versatilidade e revolucionárias técnicas de impressão fotográfica. No início da década de 1920, chamou a atenção com as suas primeiras fotografias abstratas, às quais chamou rayograms. Ao longo da sua carreira, fotografou uma série de artistas e celebridades, tais como Pablo Picasso, Marcel Duchamp, Miller Lee e Catherine Deneuve, cujos retratos estão agora em exibição. A mostra inclui também trabalhos realizados pelo artista para as revistas Vogue e Vanity Fair.

“Man Ray Portraits” permanece em exibição até 27 de maio.


FOTOS (da esquerda para a direita):

Lee Miller, 1929
Le Violon d’Ingres, 1924
Ithell Colquhoun, 1932
Juliet Man Ray, 1947
Barbette, 1926
Man Ray, 1932
Catherine Deneuve, 1968










IMPRESSIONISMO E MODA




“Impressionism, Fashion, and Modernity”, uma grandiosa exposição que revela o papel da moda nas obras dos artistas impressionistas e seus contemporâneos, inaugura no próximo dia 26 de fevereiro, no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque.

Cerca de 80 telas de grandes pintores como Auguste Renoir e Édouard Manet serão apresentadas em conjunto com trajes de época, acessórios, fotografias e gravuras, salientando a relação vital entre a moda e a arte desde a década de 1860 a meados da década de 1880, quando Paris emergiu como a capital mundial da moda.

Com o advento do pronto-a-vestir e a proliferação de revistas de moda, os vanguardistas Manet, Monet, Renoir, Mallarmé e Zola olharam para a moda como o prenúncio da modernidade. A novidade e o fascínio das tendências de moda seduziram artistas e escritores que procuraram dar expressão ao pulsar da vida moderna.

Reunindo muitas das obras mais célebres da era impressionista, “Impressionism, Fashion, and Modernity” pretende ilustrar o modo como os artistas responderam aos ditames da moda entre os anos de 1860 e meados de 1880. Em exibição até 27 de maio, a mostra inclui também um conjunto de fotografias de época e ilustrações que reforçam o diálogo entre moda e arte.

IMAGEM: Claude Monet. "Women in the Garden" (detalhe), 1866

“THE DOOR”: A QUINTA CURTA-METRAGEM DE MIU MIU


A casa de moda italiana Miu Miu volta a fazer cinema para contar a história das suas mulheres, ao lançar o quinto episódio da série de curtas metragens “Women’s Tales”. Com realização de Ava DuVernay, “The Door” é uma celebração do poder transformador exercido pelas relações entre as mulheres, representando também uma história simbólica sobre a mudança de vida.

“The Door” surge na sequência da onírica curta-metragem “The Powder Room”, de Zoe Cassavetes; da misteriosa película “Muta”, de Lucrecia Martel; da enfeitiçadora produção “The Woman Dress”, de Giada Colagrande; e da celebração do ritual do vestir de “It’s Getting Late”, de Massy Tadjedin.

A série “Women’s Tales” coloca o ponto de vista feminino no coração da jornada cinematográfica, utilizando a moda para explorar ideias políticas e expressar a narrativa criativa.

MISSONI: ZIG-ZAG


A primavera de 2013 marca o sexagésimo aniversário da Missoni e para assinalar a data a casa italiana olha para o futuro, sem esquecer a sua história.

A Missoni convidou o fotógrafo Alasdair McLellan e a stylist Vanessa Reid para criar uma série de anúncios artísticos para a próxima primavera. Baseada em "pinturas do passado", a campanha consiste num conjunto de imagens estáticas e um filme intitulado "A Zig-Zag in Time", que misturalooks da nova coleção primavera 2013, inspirada em hologramas, com coloridas malhas gráficas recuperadas do arquivo da Missoni.

Porquê apresentar criações vintage descontinuadas? Porque no próximo mês de maio, a Missoni vai reeditar essas peças e colocá-las à venda em lojas próprias em todo o mundo.


MODA PUNK NO METROPOLITAN MUSEUM DE NOVA IORQUE


Depois de promover, em 2012, um encontro improvável entre Miuccia Prada e Elsa Schiapparelli, o Costume Institute do Metropolitan Museum de Nova Iorque dedica nesta primavera uma grandiosa exposição à moda punk. “Punk: Chaos to Couture” inaugura a 9 de maio e analisa o impacto do punk na moda, desde o nascimento do movimento nos anos 1970 até à atualidade.

Até hoje a história do punk mistura-se com o universo da moda. Como não se tratava apenas de um movimento musical, mas também político, o punk carregava um espírito vanguardista que se traduzia diretamente no modo de vestir dos apreciadores do movimento. Referências como o lema D.I.Y (Do it yourself) inspiravam as gerações mais novas que queriam dar uma identidade única às suas roupas.

Fazendo uma relação entre os conceitos "faça você mesmo" do punk e o "feito sob medida" da Alta Costura, a exposição "Punk: chaos to culture" apresenta vestuário punk original e criações de designers como Vivienne Westwood, que com sua loja Sex e os figurinos que criou para os Sex Pistols, uma das bandas mais emblemáticas do movimento, conquistou o título de "designer do punk".

"Punk: chaos to culture" estará em exibição até 11 de agosto.

LONDRES ACOLHE NOVA EXPOSIÇÃO DE ANDY WARHOL


Grandes nomes do mundo da moda como Diane von Furstenberg, Calvin Klein e Carolina Herrera foram captados pelas lentes de Andy Warhol e os seus retratos estão agora em exibição na mostra “Andy Warhol Photography”, patente até 1 de março na galeria Privatus, em Londres. A exposição reúne imagens exclusivas produzidas pelo artista entre os anos 1960 e 1980 e teve parte do acervo doada pelo colecionador de arte James Hedges.

Muitas das imagens nunca foram expostas ao público desde que saíram do estúdio de Warhol. A exposição inclui ainda fotografias de viagem e divertidos retratos de estrelas como Elizabeth Taylor, Mick Jagger e David Hockney.

FOTOS (da esquerda para a direita):
Carolina Herrera, 1978
Diane Von Furstenberg, 1984
Stephen Sprouse, 1984
David Hockney, 1982

“YVES SAINT LAURENT – VISIONAIRE"

Até 5 de maio, o Espace Culturel ING, em Bruxelas, apresenta, em colaboração com a Fondation Pierre Bergé – Yves Saint Laurent, uma grandiosa mostra de criações do grande mestre da Alta Costura do século XX, Yves Saint Laurent.

Intitulada “Yves Saint Laurent – Visionaire”, a exposição mostra como as criações e os conceitos do visionário designer francês transformaram profundamente o mundo da moda feminina. Yves Saint Laurent compreendeu a importância das mudanças sociais do seu tempo e apoiou a emancipação da mulher moderna, construindo as bases da moda feminina contemporânea. 

Em exibição estão mais de cem peças, incluindo oitenta nunca expostas anteriormente. As "Paper Dolls" e o guarda-roupa que Yves Saint Laurent criou para as bonecas quando era ainda um adolescente, habitualmente guardados na Fundação Pierre Bergé - Yves Saint Laurent, são algumas das revelações singulares desta exposição. 

Yves Saint Laurent marcou a história da Moda e o guarda-roupa feminino com criações emblemáticas como o tailleur de calça e casaco, o smokingfeminino, o caban, a blusa com laçada, entre muitas outras. A liberdade anteriormente oferecida por Coco Chanel ganhou mais força com este novo vestuário, que se tornou símbolo de uma nova atitude feminina. Mais do que qualquer outro designer, Yves Saint Laurent refletiu a mudança do papel das mulheres na sociedade.

“Yves Saint Laurent – Visionaire”. Uma exposição imperdível para os amantes da moda!






Fatos tintos de castanho

Durante anos associado ao vestuário do campo, o castanho está a conquistar os homens no vestuário formal, num toque de ousadia que mantém, contudo, a elegância exigida. Uma tendência vista igualmente na passerelle e nos alfaiates de Savile Row, que explicam como usar a cor sem deixar de se destacar. 


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Fatos tintos de castanho

Numa altura em que Silvio Berlusconi, Mario Monti e companhia se preparam para as muito faladas eleições deste fim de semana, que coincidem com a Semana de Moda de Milão, os observadores políticos podem antecipar uma série de presenças na televisão, reportagens e… fatos castanhos. Talvez mais do que qualquer outro dos seus homólogos internacionais, os homens de negócios italianos estão confortáveis com a ideia de juntarem uma camisa azul, uma velha gravata, talvez o florido de um lenço de bolso, uns sapatos polidos e um fato cor de tabaco para fazer uma declaração durante o dia. Noutros países do mundo, contudo, «castanho na cidade» pode ainda ser controverso.
«Na minha opinião, o castanho tem um impacto menor na cidade e é ainda considerado de risco», afirma Colin Heywood, gestor nos alfaiates Anderson & Sheppard. «É a cor para o fim de semana ou para o campo. Não é coincidência que a maior parte dos livros de tweeds contenham sobretudo castanhos mas muito poucos livros de fatos o tenham, por isso qualquer cliente que deseje um fato castanho terá as suas opções muito limitadas», acrescenta.
Contudo, as coisas estão a mudar. «É verdade que, para uma mente mais conservadora, o castanho ainda é a cor do vestuário do campo», explica John Blanco, diretor de fatos à medida na Gieves & Hawkes. «Mas, atualmente, os homens estão, em geral, mais atentos ao que lhes fica melhor e dispostos a contornar as regras», refere.
Tons ricos desta cor surgiram sub-repticiamente nas coleções de vestuário de homem para a próxima primavera-verão, desde os fatos largos tom de tabaco de Dries Van Noten e fatos de trespasse justos da Dolce & Gabbana até aos elegantes duas peças em tom de chocolate negro da Kenzo. Sem mencionar as luxuosas camadas casuais em tons de castanho-avermelhado na Bottega Veneta, Belstaff e Trussardi. A marca londrina Rake até mostrou um casaco de smoking em seda brilhante em tom de teca.
«Pensei muitas vezes que os homens eram resistentes ao castanho simplesmente porque é uma palavra aborrecida», diz Richard James, mestre de cor em Savile Row. «Mas o castanho cobre um vasto leque de tons que soam bem mais atrativos. É uma cor que realmente oferece muitas opções para se trabalhar», aponta.
«O castanho foi muito popular nos anos 30 e anos 40», revela Edward Sexton, conhecido alfaiate e consultor criativo na Chester Barrie. «Se fosse possível ver aqueles filmes antigos a cores, ficaríamos espantados com quantos fatos castanhos bonitos eram usados. Hoje é raro um homem que use um fato castanho – tende a ser um cliente com um sentido de estilo muito bom e olho para a cor, que tem confiança para criar todo um visual à volta do castanho. Mas não é tão difícil como as pessoas julgam. E funciona bem para um visual aprumado. Acabamos por descobrir que os clientes que querem um fato castanho optam por tons muito escuros, já que mantêm o aspeto formal», acrescenta.
Mei Chung, comprador sénior de vestuário de homem na loja londrina Browns, refere que «como o castanho é produzido através de uma mistura de cores, é importante ter a mistura certa. Designers como Jil Sander, Ann Demeulemeester e Dries Van Noten injetam “lavagens” aos castanhos que usam para criar um aspeto vintage ou esfumado», revela.
Mas alguns alfaiates são menos comedidos. Richard James, que apostou em xadrez Príncipe de Gales, tweeds Donegal e padrões em espinha castanhos no seu mais recente desfile em Londres, afirma que «é uma cor de base fantástica para se trabalhar porque, tal como o cinzento, destaca outras cores de forma maravilhosa. Os nosso xadrez Príncipe de Gales apresenta invariavelmente sobreposições de xadrez fortes e o tweed Donegal está cheios de cor. Também produzimos vários alfinetes em castanho e riscas em giz com riscas a contrastar: azul-céu e turquesa funcionam particularmente bem».
Para os que não estão completamente convencidos, Chung aconselha a «começar com apontamentos de castanho, como uma peça em malha, uma camisa ou um lenço para conjugar com o que já têm». Max Summerskill, diretor de vestuário de homem na Alfred Dunhill, concorda. «Um pouco de castanho pode funcionar com o vestuário formal, num fato em azul-marinho escuro ou cinzento. Acrescentar uns sapatos em couro castanho-escuro e uma gravata em seda ou malha cor de chocolate com uma camisa às riscas azuis pode dar um visual realmente sofisticado. Mas manteria o castanho como uma cor acessória», explica.
De qualquer forma, afirma James, o tom «oferece uma alternativa inteligente e lisonjeadora à norma. Um homem destaca-se em castanho, mas não de forma tão óbvia». 

Fonte: Financial Times

Festa encerra em Paris


 




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Festa encerra em Paris
Os grandes nomes da moda invadem a passerelle da Semana de Moda de Pronto-a-Vestir de Paris a partir de amanhã, terça-feira, e entre eles encontram-se três designers portugueses. Felipe Oliveira Baptista, Luís Buchinho e Fátima Lopes, que estarão na Cidade-Luz com o apoio do Portugal Fashion para mostrar aos compradores e aos media as suas coleções para o outono-inverno 2013/2014. Entre os desfiles mais aguardados estão ainda as estreias de Alexander Wang na Balenciaga, a do italiano Fausto Puglisi na Emanuel Ungaro e a do canadiano Geraldo da Conceição na Sonia Rykiel. As expetativas estão também elevadas para as segundas coleções da Raf Simons e Hedi Slimane na Dior e Saint Laurent, respetivamente.
Ao contrário das edições precedentes, Felipe Oliveira Baptista é o primeiro português a subir à passerelle, logo na quarta-feira. Depois de Christophe Lemaire, Guy Laroche e Dries Van Noten, o criador desvenda, às 16 horas, no Espace Vendôme, a sua mais recente coleção, cujos pormenores estão ainda no “segredo dos deuses”
Cerca de três horas depois, às 19h30, é a vez de Luís Buchinho mostrar na La Maison de L’Architecture aos parisienses, e não só, as suas propostas para a próxima estação fria. Como tema, o criador portuense inspirou-se no Portugal nos anos 70 e a Revolução de Abril de 1974. «Os ícones da Revolução – os cravos vermelhos, a metralhadora, os grafismos de cartazes políticos – são reinventados numa linguagem gráfica e moderna», adianta Luís Buchinho. «A atitude revolucionária, a vontade de mudança e a afirmação de novos ideais é materializada na paleta, com apenas três cores – vermelho, preto e branco», explica. As silhuetas são, por isso, «fortes e afirmativas, com uma influência retirada ao vestuário masculino», onde abundam materiais como a pele, lãs feltradas, crepes e tweeds de lã.
A presença portuguesa repete-se seis dias depois, a 5 de março, no penúltimo dia da Semana de Prêt-à-Porter de Paris, que contempla 89 desfiles no calendário oficial. Fátima Lopes apresenta-se na La Maison de la Chimie às 9h30 do dia 5 de março, no mesmo dia em que subirão à passerelle as coleções de Chanel, Agnès B., Valentino, Alexander McQueen e Hermès.
Louis Vuitton, Vionnet, Miu Miu, Elie Saab e Lie Sang Song encerram os desfiles da última das quatro grandes capitais da moda mundiais. 

Fonte: Portugal Têxtil




Depois de Nova Iorque, Londres e Milão, o mundo da moda reúne-se na Cidade-Luz para 9 dias de desfiles que fecham com chave de ouro a apresentação das tendências para o próximo inverno. Felipe Oliveira Baptista, Luís Buchinho e Fátima Lopes voltam, uma mais vez, a representar a moda “designed in” Portugal.

3 de fev. de 2013

CAMISA - A Queridinha do Momento!

Não dá pra negar, as camisas arrasam. Com looks mais clássicos , composto por calças sociais ou saias lápis, ou no estilo mais despojado , usadas com bermudas  ou calças jeans, as camisas se tornaram as queridinhas do momento.
Estou realmente maravilhada com as estampas e composições de cores. Mas não dispenso as básicas, lisas, pretas, brancas, jeans.



Carolina Herrera

Carolina Herrera



São elegantes, podem mudar seu visual, com jeans, basta um salto e você está pronta para a noite ou para uma entrevista de trabalho, com bermudas, você fica descontraída, despojada e leve.
Quem não se apaixonou pelas camisas que Giovana Antonelli está usando no figurino da delegada Helô em Salve Jorge?





Camisa Forum

Não vou negar... quero todas! ( rss) 


Originalmente masculinas, nós invadimos o guardarroupa deles, e transformamos as peças em um item necessário ao dia a dia, com um toque de sensualidade e muita cor, abusando de detalhes que tornaram a camisaria feminina um diferencial na moda.
Porque caros amigos, numa camisa feminina  bem produzida, não há nada de masculino nelas, ao contrário, a peça esbanja elegância e feminilidade, porque acrescentamos detalhes que fazem  a diferença.



Mas e as camisas deles?
A maioria dos homens adota o estilo clássico e discreto na camisa, porém as camisas masculinas estão cada vez mais elaboradas. E porque não ousar? Nós adoramos o charme e o estilo, numa mistura que torna o homem vestido com "aquela" camisa  um destaque na multidão. Com certeza vão merecer mais de uma olhada rss


 







Não podemos ignorar que a camisaria masculina inovou em tecnologia, lavagem, aplicações. Hoje além da camisa tradicional, temos a camisa com recortes , utilizando dois ou mais tecidos. Detalhes como viés, botões diferenciados,  fugindo do tradicional, em cores como branco, preto e azul marinho,  com tecidos confortáveis, trazendo ao público masculino opções  que estão além da qualidade, um toque de modernidade e classe.

Fica ai a minha dica! Camisas, muitas camisas, ousem, escolham peças com estampas e modelos que fazem diferença!

Beijos!

Kris Melo