O PERCURSO DE MADAME GRÈS
Nascida Germaine Emilie Krebs, em 1903, na Alemanha, cresce em Paris e inicia a sua carreira a trabalhar como escultora, mas não tem sucesso e na década de 1930 decide dedicar-se à moda, sob o nome de Alix. Em 1942, resolve mudar novamente de nome e abre uma casa de moda. A denominação que escolhe resulta da inversão do nome do pintor russo e então seu marido, Serge Czerefkov. E fica para sempre conhecida como Grès: Serg soletrado ao contrário.
Grès, tal como Coco Chanel, reescreve o código do vestuário feminino e liberta as mulheres dos opressivos espartilhos. Usa as suas habilidades de escultora para drapear, cortar e preguear os tecidos, criando vestidos que primam pela sofisticada sensualidade, que se torna a sua imagem de marca.
O seu estilo drapeado nasce após desenhar trajes helénicos para a peça de Jean Giradoux, La Guerre de Troie n’aura pas Lieu, em 1935. Grès apaixona-se imediatamente pelos vestidos de estilo grego e introduz esta estética nos seus trabalhos seguintes. “Busco a perfeição”, afirma então. “Para um vestido sobreviver de uma era para a seguinte, deve ser marcado por uma pureza extrema”.
Conhecida como a mais precisa criadora de Alta Costura de Paris, Grès resiste à pressão da indústria para fazer pronto-a-vestir, preferindo trabalhar diretamente com as suas clientes - as mais famosas celebridades internacionais da época - incluindo Edith Piaf, Greta Garbo, Vivien Leigh, Dolores del Rio, Marlene Dietrich, Jackie Kennedy e Grace Kelly.
Madame Grès morre em 1993, mas continua a ser um exemplar para sucessivas gerações de designers de moda. Ainda hoje, grandes nomes como Azzedine Alaïa, Alber Elbaz, Yohji Yamamoto, Jean Paul Gaultier e Haider Ackermann consideram o seu trabalho como uma inspiração.
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