24 de jan. de 2012

NIKE CONFIA NA MARCA


Os resultados do segundo trimestre da Nike revelam que o diretor-executivo do gigante internacional, Mark Parker, e a sua equipa puderam desfrutar da época natalícia e das comemorações de Ano Novo de forma alegre e tranquila. A marca de desporto cresceu em todas as regiões, à exceção do Japão.
 
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Nike confia na marca
 Ultrapassando as expectativas de Wall Street, o gigante de artigos de desporto apresentou um impressionante crescimento de 18% nas receitas, com todas as regiões a contribuírem de forma positiva, exceto o mercado nipónico - que continua a definhar na sequência do tsunami, terramoto e crise económica.
Mesmo a Zona Euro não deu más notícias, pois as receitas na Europa Ocidental cresceram 2% no trimestre – um resultado animador, face às dificuldades económicas que assolam o Velho Continente.

Mas foi na América do Norte e na China que os números mais impressionaram. O primeiro continuou a responder às expectativas, com as receitas a subirem 21%, enquanto o segundo está a confirmar as suas promessas de longa data.

As receitas na China nos três meses até 30 de novembro aumentaram 28%, lideradas pelo crescimento de 34% no vestuário e 27% no calçado – embora o presidente da marca Nike, Charlie Denson, tenha admitido que as mudanças no prazo de embarque ajudaram aos números. Denson também prometeu que a empresa vai continuar a «ligar-se diretamente com os consumidores jovens de lá», já que a Nike identificou claramente que a juventude é a chave para o crescimento contínuo na China.
Mas nem tudo são boas notícias. Um aumento no lucro líquido de 3% reflete uma queda de 260 pontos base na margem bruta para 42,7%, à medida que os custos mais elevados do produto são sentidos, apesar dos efeitos positivos do aumento de vendas diretas ao consumidor, aumentos de preços e iniciativas de redução de custos.
As variações cambiais também foram desfavoráveis – aqui a Zona Euro salienta-se – e o diretor financeiro, Don Blair, revelou aos analistas que estas variações são suscetíveis de ter um impacto crescente nos lucro dos meses vindouros. Blair também explicou que existe um desfasamento de seis a nove meses no tempo entre as mudanças de custos das matérias e o seu efeito sobre os resultados da empresa. Isto significa que a época natalícia e os negócios no início de 2012 serão afetados pelos custos de pico nos materiais que a Nike sentiu no início de 2011, prejudicando o lucro ainda mais.
Depois, segundo Blair, o negócio começará a melhorar. «À medida que avançamos para as estações de verão e outono de 2012, esperamos que o nosso custo de produtos vendidos reflita os custos mais baixos de materiais que registamos mais recentemente», acrescentou o derector financeiro da Nike.
Entre um período e outro, a empresa coloc¬a as esperança no poder da marca Nike e na qualidade e desejo dos seus produtos, dando continuidade a uma tendência recente de aumento de preços para compensar os aumentos de custos nas matérias e fazer cumprir de forma “mais significativa” os aumentos de preços em 2012.
No entanto, fica claro que o lucro é suscetível de sofrer no curto prazo, mesmo que a perspetiva seja de melhoria. «Continuamos a prever que a taxa de declínio da margem bruta diminua em relação ao saldo deste ano fiscal», disse Blair.
Neste sentido, apesar das tendências gerais do negócio darem ao diretor-executivo Mark Parker algum motivo de alegria, o ano 2012 deverá registar o efeito da queda dos custos das matérias – para não mencionar o impulso dos Jogos Olímpicos de Londres e do Euro 2012.
 
FONTE: just-style.com

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