6 de dez. de 2011

CHINA BATALHA LUGAR NA MODA


A Ne Tiger apresentou uma mistura de detalhes tradicionais chineses, recorrendo a estilos com mais de 1.000 anos, com designs ocidentais, marcando o início da China Fashion Week, numa altura em que o mercado chinês de produtos de luxo conquista a atenção de cada vez mais designers.
 
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China batalha lugar na moda
Na China Fashion Week, as modelos apresentaram uma vasta gama de vestidos longos com cores brilhantes, alguns com bordados tradicionais chineses e réplicas de roupas da Dinastia Tang, 618 AD a 907 AD. As peças fazem parte da colecção da Ne Tiger, a marca de luxo mais antiga da China. «A indústria da alta-costura na China está a desenvolver-se vigorosamente, sem quaisquer sinais de abrandamento. Está acima das minhas expectativas», revelou Zhang Zhifeng, que fundou a marca há 19 anos. «Pensava que a minha alta-costura iria viver apenas de um pequeno grupo de pessoas, mas agora está a expandir-se muito rapidamente. Os consumidores tornaram-se mais entusiastas da cultura tradicional chinesa». Zhang explicou que queria que a colecção Primavera/Verão 2012 destacasse a cultura Tang para o público de 500 pessoas que assistiram ao início da Semana da Moda, cuja abertura foi garantida pela Ne Tiger ao longo da última década.
O atelier de Zhang está localizado no coração de Pequim, onde a sua equipa internacional de 11 pessoas dedica-se à criação de designs personalizados. Um vestido personalizado, feito à mão, custa normalmente cerca de 30.000 yuan (mais de 3.500 euros), com o preço a aumentar ainda mais em função do trabalho envolvido, como bordar desenhos elaborados. A produção de uma peça pode demorar até três meses. Mas, apesar dos preços, Zhang refere que a Ne Tiger registou um crescimento nas compras por parte dos clientes nacionais e estrangeiros nos últimos anos. A marca possui oito lojas em todo o mundo.
Enquanto os designers de moda europeus e norte-americanos estão a sentir o aperto da crise económica, o número de milionários na China está a expandir rapidamente, levando a um mercado crescente para a alta-costura na segunda maior economia do mundo.
De acordo com os dados de 2011 da World Luxury Association, no final do mês de Março, a China representou um quarto do consumo de luxo mundial. O mercado chinês tornou-se também no segundo maior consumidor mundial de bens de luxo.
Fonte: Reuters

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