23 de dez. de 2011

EM NOME DO PLANETA


Grandes marcas e retalhistas internacionais uniram-se e criaram um roteiro para atingir o objectivo de zero descargas de químicos perigosos na cadeia de aprovisionamento. Adidas, C&A, H&M e Li Ning são alguns dos nomes empenhados nesta meta, mas o grupo está aberto a outros players.
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Em nome do planeta
Algumas das maiores marcas e retalhistas mundiais aliaram-se para lançar um roteiro que delineia os passos que pretendem dar para atingir o objectivo de zero descargas de químicos perigosos nas suas cadeias de aprovisionamento até 2020.
Adidas Group, C&A, H&M, Li Ning, Nike Inc e Puma afirmam que o plano, revelado no final de Novembro, estabelece um novo padrão de performance ambiental para a indústria mundial de vestuário e calçado. E estão a convidar outras empresas da indústria para se juntarem à iniciativa.
O roteiro define compromissos específicos e prazos para atingir os objectivos, incluindo a realização de projectos-piloto em grandes fornecedores de materiais e verticalmente integrados, entre 2011 e 2013, para melhor entender a forma de usar e despejar químicos perigosos. Também pretendem verificar que nove classes de químicos perigosos ou persistentes não são actualmente usados e irão iniciar um inventário de todos os químicos usados na produção de vestuário até ao final de 2012.
Outros passos incluem a revelação dos resultados de todos os pilotos e estudos feitos sob este compromisso e o fornecimento de relatórios regulares e públicos relativos ao seu progresso, trimestralmente em 2012 e anualmente de 2013 a 2020.
As empresas vêem o roteiro conjunto como um documento «vivo» e afirmam que vão continuar a refiná-lo em resposta aos pilotos iniciais e à investigação realizada, assim como à colaboração com outras marcas e accionistas. Também sublinharam que será revisto e actualizado pelo menos anualmente.
Um dos primeiros passos foi pedir à consultora SustainAbility o feedback de um grupo de accionistas nas próximas seis semanas. Além disso, estão também a aceitar comentários do público até 31 de Dezembro e, com base nesse feedback, irão considerar redefinir o roteiro em 2012.
«Abordar e conseguir o objectivo de descarga zero é um desafio complexo – um que a nossa colaboração de marcas não pode resolver sozinha», indicaram as empresas numa declaração conjunta. «A nossa visão é que o roteiro serve como benchmark e que muitas mais marcas se juntem a nós nos nossos esforços. No fundo, queremos e precisamos de muitos participantes para fazerem parcerias connosco nesta empreitada: fornecedores de químicos, académicos, ONG’s, especialistas têxteis, empresários, legalistas e outros. Percebemos que estamos a tentar mudar a forma como o vestuário e o calçado são produzidos, mundialmente, e estamos a procurar as melhores ideias e soluções», concluíram.

Fonte:  Alexandra Costa

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