12 de dez. de 2011

YSL ARREBATADOR 50 ANOS DEPOIS


Yves Saint Laurent continua a ser uma referência incontornável do mundo da moda, com as suas criações a deleitarem ainda hoje muitos admiradores. O mais recente exemplo é um vestido Mondrian que foi arrebatado por 35 mil euros num leilão da Christie’s dias antes do 50.º aniversário da sua casa de moda.
 
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YSL arrebatador 50 depois
Vendido por 30 mil libras (35 mil euros), o vestido fez parte da colecção cápsula de nove peças Saint Laurent, datadas de 1962 a 1970, vendida num leilão da Christie’s que contemplou peças desde o século XVIII aos anos de 1980.
Patricia Frost, directora do departamento têxtil da Christie’s, descreveu o vestido, inspirado pelo trabalho do artista abstracto holandês Piet Mondrian, como «uma peça tapete mágico, que nos leva directamente para 1966».
O leilão em Londres surgiu pouco antes do 50.º aniversário da criação da casa de moda de Saint Laurent, que aconteceu a 4 de Dezembro de 1961. A casa de alta-costura fechou em 2002 quando o designer saiu. Desde a sua morte em 2008, o místico nome Saint Laurent aumentou os preços de forma astronómica, com leilões de arte e pertences acumulados nas últimas décadas pelo designer e pelo seu companheiro Pierre Bergé a baterem recordes.
A Christie’s organizou o leilão como parte de uma retrospectiva do início da carreira de Saint Laurent, na Dior, desde 1957 quando se lançou sozinho com 25 anos.
«A Saint Laurent está em todo o lado», afirmou Bergé, agora com 81 anos, que co-fundou a casa de moda e ajudou a geri-la durante 40 anos. «Os mais importantes são, provavelmente, aqueles menos óbvios», subkinhou. «A Saint Laurent definiu absolutamente esta era. Toda a gente tem um Saint Laurent – embora muitas vezes não o saibam», indicou Bergé, que actualmente gere uma fundação criada em memória de Saint Laurent. «Ele inventou todo um mundo masculino que adaptou ao corpo das mulheres: smokings, casacos sahara, o casaco marinheiro», acrescentou.
A fundação de Bergé também enviou exposições itinerantes do seu trabalho para todo o mundo, desde Paris, no ano passado, a Madrid, actualmente, e para Denver, no Colorado, daqui a algumas semanas.
Do teatro à dança e ao cinema, Saint Laurent cultivou laços estreitos com as artes, criando colecções tributo de Matisse a Cocteau, Van Gogh ou Picasso, assim como os seus vestidos Mondrian e pop art.
Outras peças no leilão da Christie’s incluíram um casaco em brocado verde, do primeiro desfile de Saint Laurent em nome próprio de Janeiro de 1962, que foi fotografado na capa da revista Elle nesse ano, e foi vendido por 2.000 libras.
«As roupas de Saint Laurent fazem com que as pessoas pareçam fantásticas mas também são mais profundas que isso», afirmou Frost. «Devem ser mais olhadas como obras de arte. Não são mesmo para usar, são mais para museus», concluiu.
Fonte: AFP

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