31 de mai. de 2012

Hermès exalta a pele


A conhecida marca francesa de luxo apresentou em Londres uma exposição onde os seus valores, nomeadamente a paixão pela pele de qualidade e pelas artes manuais de exceção, são sublimados e onde a sua história de 175 anos é revisitada através dos icónicos modelos Kelly e Birkin.
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Hermès exalta a pele
 As salas polidas de Burlington Gardens em Londres tiveram um visitante pouco usual: Zouzou, um rinoceronte branco com cornos dourados esteve no edifício a celebrar a mais recente exposição da Hermès. “Leather Forever” (ou Pele para Sempre), que decorreu até 27 de maio, marcou o 175.º aniversário da produtora francesa de artigos de luxo e a sua paixão eterna pela pele.
Zouzou, um manequim rinoceronte vestido em pele branco ostra, esteve sentado na entrada da exposição, convidando todos os membros do público a interagir com a Hermès e a aprender sobre a sua história equestre e paixão pelo artesanato de qualidade.
«É uma forma muito poética e leve de passar a experiência da Hermès, a melhor forma de expressar o futuro da Hermès, quem somos e de onde vimos», afirmou Thierry Outin, diretor-geral da Hermès UK. «Estamos no Reino Unido há quase 50 anos e penso que esta é uma altura muito boa, em que estamos a celebrar Londres, o Jubileu da Rainha e os Jogos Olímpicos. É a altura ideal para reavaliarmos e mostrarmos esta cultura de artesanato, esta cultura de objetos bonitos, de grande qualidade, a uma audiência britânica», acrescentou.
As 12 espaçosas salas mostraram as diferentes histórias e perspetivas da Hermès, famosa por criar bolsas como a Kelly e a Birkin, assim chamadas em referência às atrizes Grace Kelly e Jane Birkin.
Os visitantes foram encorajados a interagir com a exposição, levantando painéis escondidos, tocando em ecrãs digitais ou simplesmente a sentir o cheiro da melhor pele que o dinheiro pode comprar.
«Todos os sentidos são estimulados, não apenas o cérebro. Não é apenas reunir informação, é também um estado de espírito à medida que se passa nas diferentes salas», referiu Patrick Albaladejo, diretor de comunicação para a estratégia da Hermès.
Em exposição esteve uma sela feita por encomenda complementada por asas em pele de bezerro em vermelho e laranja, assim como referências detalhadas às caixas laranja da Hermès, já uma imagem de marca, e uma escultura em néon de uma bolsa Kelly que mostrava as muitas variações dos modelos Kelly e Birkin criadas ao longo dos anos. Em grande parte, a imagem da empresa e consequente volume de negócios são ainda impulsionados por esta antiga divisão de artigos em pele e selas.
Como parte das festividades, a Hermès criou quatro bolsas únicas para representar o Reino Unido, que foram leiloadas pela Christie’s no passado dia 14 de maio. O resultado do leilão foi doado à Royal Academy of Arts.
Objetos de beleza
Os visitantes puderam também ver um verdadeiro artesão do atelier da empresa em Paris a trabalhar. Cada bolsa Hermès é criada por um artesão, desde o início ao fim, que assina o nome em cada bolsa que cria num local escondido dentro da mesma.
«Penso que um artesão é um mestre do conhecimento. Recebeu o know-how de um artesão mais velho quando estava em formação e, em contrapartida, ao longo do tempo, torna-se formador para passar o seu conhecimento a outros», explicou Albaladejo. «Mas o que é importante neste trabalho, não é tanto a técnica que vai usar, mas a natureza do objetivo que persegue e o seu objetivo de criar beleza», sublinhou.
Para criar estes objetos de beleza, cada artesão tem de se formar durante um ano e criar um modelo Kelly desde o início, pelo que não é de estranhar que esperar por uma bolsa Hermès possa levar cinco anos.
Albaladejo revelou que os tempos de espera por uma bolsa Birkin podem variar devido ao tempo que demora a criar e a aprovisionar a pele. «Pode ser qualquer coisa desde zero – pode conseguir uma hoje se for a uma loja ou quiser uma Birkin muito grande em pele de crocodilo – ou pode ter de esperar vários meses, talvez um ano, até conseguirmos a pele para a fazer. Não é possível responder com um número», resumiu.
Fonte: Reuters

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